Conflito na RD Congo pode desencadear guerra regional
O Presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, alertou que a violência no leste da República Democrática do Congo (RDC) pode se expandir para toda a região, atingindo países como Tanzânia, Uganda e Quénia.
Enquanto isso, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, reforçou o apoio do país às iniciativas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para estabilizar a região, mas esclareceu que Moçambique não enviará tropas para a missão conjunta, atualmente composta por forças da África do Sul, Tanzânia e Malawi.
O governo congolês informou que, entre 26 e 30 de janeiro de 2025, os confrontos com os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), apoiados pelo Ruanda, resultaram em 773 mortos e quase 2.900 feridos. O porta-voz do governo, Patrick Muyaya, classificou os ataques como uma "carnificina" e garantiu que os responsáveis serão punidos.
Os rebeldes, junto com tropas ruandesas, capturaram Goma, capital de Kivu Norte, e avançaram em direção a Bukavu, na província de Kivu Sul. A ONU estima que, em cinco dias de combates, mais de 700 pessoas morreram e 2.800 ficaram feridas.
A RDC acusa o Ruanda de explorar ilegalmente seus recursos naturais, enquanto Kigali justifica sua presença militar como parte de uma estratégia para eliminar grupos armados ligados aos ex-líderes hutus responsáveis pelo genocídio de 1994. Com a escalada recente, cresce o temor de que o conflito se transforme em uma guerra regional. Leia Mais...
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