Banco Mundial avalia possível penhora da HCB: visita revela riscos ocultos de empréstimo bilionário

Banco Mundial avalia possível penhora da HCB: visita revela riscos ocultos de empréstimo bilionário


O que parecia ser uma visita meramente diplomática ganhou contornos mais sensíveis: o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, veio a Moçambique não apenas para reforçar laços, mas para avaliar de perto a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), possível alvo de uma garantia de dívida no caso de um empréstimo bilionário falhar.

De acordo com fontes próximas ao processo, o presidente moçambicano, Daniel Francisco Chapo, teria apresentado um plano ousado ao Grupo Banco Mundial: contrair um financiamento de elevado valor com garantias que podem incluir a própria HCB, caso o país não consiga cumprir com os prazos de reembolso.

Durante a visita técnica à HCB, os representantes do Banco Mundial analisaram o estado atual da infraestrutura, os investimentos pendentes, e as oportunidades para diversificação energética. No entanto, ao final de um encontro à porta fechada, aumentaram as suspeitas de que a visita teve um propósito mais sensível: avaliar a viabilidade de penhorar o ativo em caso de incumprimento do futuro empréstimo.

Ajay Banga deixou claro que o Banco Mundial está pronto para financiar projetos de energia e infraestrutura, oferecendo linhas de crédito, garantias de risco e até financiamento concessionado. Porém, o nível de envolvimento dependerá da “robustez do modelo de negócios” e da “garantia institucional”, segundo disse à imprensa.

O presidente Chapo defendeu que Moçambique precisa urgentemente diversificar sua matriz energética, apostando em centrais solares, hidroelétricas e projetos eólicos. “Estamos abertos a parcerias com o Banco Mundial, queremos avançar juntos”, disse.

Porém, nos bastidores, cresce a preocupação: e se o país não conseguir pagar? A possibilidade de a HCB ser transferida como pagamento entra no radar, despertando alertas entre economistas e observadores da soberania energética nacional.

A visita encerra-se este domingo, mas os seus efeitos políticos e financeiros podem marcar um novo capítulo na história das parcerias entre Moçambique e instituições financeiras internacionais. Leia Mais...