Críticas ao Hospital de Mavalane reacendem lembranças do caso dos “100 abortos” em Malhampwene: comunidade exige respostas estruturais na saúde
As recentes denúncias de mau atendimento no Hospital Geral de Mavalane, em Maputo — que teriam resultado na morte de pelo menos três recém-nascidos na maternidade — abriram espaço para uma onda de críticas ainda mais profundas. Para muitos cidadãos, o episódio não é isolado, mas parte de um padrão de negligência e falta de responsabilização na saúde pública.
Nos comentários da comunidade, uma voz indignada ecoou a revolta popular: “Investigar o quê mesmo? E aqueles 100 abortos que foram encontrados na lixeira de Malhampwene, como terminou? Isso é farinha do mesmo saco.”
A lembrança do caso de Malhampwene, em que foram encontrados cerca de 100 fetos abandonados, reforça a percepção de que situações graves no setor da saúde não recebem o devido esclarecimento público. Muitos questionam por que processos de tamanha gravidade não resultaram em investigações transparentes ou responsabilizações visíveis.
Especialistas em saúde pública alertam que o impacto emocional dessas falhas é devastador: famílias enlutadas, comunidades traumatizadas e uma crescente desconfiança coletiva no sistema hospitalar. O que era para ser um espaço de vida e cuidado transforma-se, muitas vezes, em palco de dor e indignação.
Organizações da sociedade civil e ativistas já começam a pressionar as autoridades para que haja investigações independentes, tanto no caso de Mavalane como na reabertura do dossiê de Malhampwene. Para eles, é urgente que se quebre o ciclo de impunidade e se adote uma fiscalização rigorosa nos hospitais, garantindo direitos básicos de saúde e dignidade às famílias moçambicanas.
Até ao momento, o Ministério da Saúde ainda não se pronunciou oficialmente sobre as novas denúncias. A população, entretanto, continua a exigir verdade, justiça e reformas estruturais para evitar que tragédias semelhantes se repitam. Leia Mais...
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