PGR de Moçambique em crise: Incapacidade de resolver problemas internos e coberturas de corrupção geram indignação popular

Desde as intensas manifestações de 2024, quando moçambicanos tomaram as ruas para protestar contra desigualdades sociais e a falta de serviços básicos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique tem sido alvo de severas críticas.

A instituição, que deveria ser uma fonte de confiança e justiça, tornou-se um ponto de insatisfação pública por sua ineficácia em resolver problemas estruturais e sociais profundos, enquanto a corrupção e o abuso de poder continuam a prosperar sem ser adequadamente combatidos.

Apesar das inúmeras demandas populares por um governo mais justo e transparente, a PGR tem sido acusada de fechar os olhos para os crimes cometidos por poderosos do país, mantendo um sistema falido que não beneficia a população.

Especialistas afirmam que, ao invés de ser um agente de mudança, a Procuradoria tem se mostrado um obstáculo ao progresso, contribuindo para a estagnação política e social. Para muitos, a falta de ação da PGR é vista como parte de um "genocídio político", onde a impunidade dos governantes ameaça a vida dos cidadãos e mina as bases da democracia.

A maior crítica gira em torno do fato de a PGR, ao lidar com casos envolvendo figuras de alto escalão, demonstrar uma clara parcialidade, protegendo aqueles que estão no poder e ampliando a sensação de impunidade.

 “A corrupção não é só uma questão financeira, é um abuso de poder que afeta diretamente a vida das pessoas. A PGR, ao ignorar os crimes dos poderosos, está sabotando o futuro de Moçambique", afirma um especialista político.

Além disso, a PGR tem sido duramente criticada por aprovar projetos sem a devida análise de impacto, como no caso da segurança social, resultando em iniciativas que não atendem às reais necessidades da população.

Esse comportamento, combinado com a falta de ação em relação aos abusos flagrantes, é visto como um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento sustentável do país.

À medida que a insatisfação popular cresce, muitos se perguntam se a PGR é capaz de transformar o país ou se continuará a proteger os interesses das elites em detrimento do povo.

A instituição parece mais empenhada em manter o status quo do que em garantir justiça e responsabilizar os culpados, o que alimenta o desejo de mudança entre a população.

Quanto à pergunta sobre a vantagem de existir uma PGR caso ela não desenvolva suas funções adequadamente, a vantagem está em sua função original de promover a justiça, combater crimes e garantir que os direitos dos cidadãos sejam protegidos.

Se a PGR falha em desempenhar esse papel, sua existência pode ser questionada, pois ela deixa de ser um pilar de confiança e justiça, enfraquecendo o Estado de Direito e contribuindo para a perpetuação de um sistema falido. Leia Mais...