Setor privado moçambicano rejeita fundo de recuperação econômica proposto pelo governo
O setor privado de Moçambique manifestou recentemente uma posição firme ao recusar a oferta do governo de um fundo de recuperação econômica, disponibilizado através da banca comercial.
Essa decisão surge na sequência dos recentes episódios de destruição e saque ocorridos durante a violência eleitoral.
Tradicionalmente alinhado com o governo, o lobby empresarial demonstrou uma postura assertiva, indicando um ponto de inflexão na relação entre as partes.
Com a economia em contração e a habitual escassez de crédito a taxas de juro acessíveis, as empresas esperavam que o governo oferecesse subsídios ou financiamentos a fundo perdido.
No entanto, dada a elevada dívida pública e as múltiplas demandas sociais, essa expectativa revelou-se inviável.
O fundo proposto prevê empréstimos a juros comerciais, mas os empresários exigem, primeiramente, garantias de segurança antes de investir na recuperação de seus negócios, uma posição considerada racional diante do atual cenário.
O presidente Daniel Chapo enfrentou críticas ao comparar a violência pós-eleitoral ao terrorismo em Cabo Delgado, atribuindo-a a influências externas.
Essa perspectiva foi amplamente contestada pela opinião pública, que clama por soluções concretas para as demandas sociais internas.
Observadores políticos destacam a necessidade de uma assessoria política eficaz para evitar deslizes discursivos que possam afetar a imagem e a aprovação do presidente. Leia Mais...
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