🚨 Silêncio ou Submissão? Oposição moçambicana acusada de cumplicidade com o regime
O panorama político moçambicano mergulha numa crise silenciosa, à medida que a oposição parece cada vez mais apagada frente aos últimos acontecimentos que abalam o Estado de Direito. Em vez de representar uma força de resistência democrática, os principais partidos da oposição mostram-se apáticos — ou, para muitos, colaborativos — diante da crescente repressão política.
Com casos como o do deputado Venâncio Mondlane — que enfrenta perseguições judiciais cada vez mais explícitas —, esperava-se uma reação vigorosa da oposição. Mas o que se vê é um silêncio ensurdecedor, marcado por ausências estratégicas e discursos mornos que falham em confrontar os abusos do poder. A passividade levanta dúvidas legítimas: estariam certos sectores da oposição a agir como meros fantoches do regime?
A crítica recai também sobre vozes respeitadas da sociedade civil. O académico Severino Ngoenha, cuja palavra tem sido farol em tempos de instabilidade, mantém-se calado sobre os acordos controversos firmados no seio do poder. O seu silêncio, segundo analistas, é mais comprometedor do que qualquer posição dúbia.
No seio da Coligação da oposição, cresce a pressão popular para uma ruptura clara com o teatro do chamado "Diálogo Político". Muitos defendem que, ao permanecerem sentados à mesma mesa de um regime que persegue dissidentes, os líderes da oposição acabam por legitimar os próprios mecanismos de opressão.
O povo moçambicano — cada vez mais atento e cansado de manobras políticas — começa a distinguir quem luta pela democracia e quem apenas ocupa cargos. A ausência de solidariedade com figuras como Mondlane é lida por muitos como traição aos princípios que deveriam nortear qualquer frente oposicionista.
Moçambique precisa urgentemente de uma oposição real, combativa e corajosa, que esteja ao lado do povo, e não do protocolo. A história julgará — e o povo também. Leia Mais...
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