Encerramento da USAID Deixa Moçambique à Beira de Crise com 2.500 Empregos em Risco

O encerramento das atividades da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Moçambique está a gerar uma onde de incerteza, com cerca de 2.500 empregos sob risco imediato. A revelação foi feita pela ministra do Trabalho, Género e Acção Social, Ivete Alane, durante uma declaração pública nesta quinta-feira (03/07).

Segundo a ministra, o impacto já é sentido entre organizações locais que dependiam dos financiamentos da USAID para manter operações sociais vitais no país. “Falava-se em 2.500 postos de trabalho, e acreditamos que este número seja muito próximo da realidade”, afirmou Ivete Alane, demonstrando preocupação com os efeitos socioeconômicos iminentes.

A saída da agência, anunciada ainda no início do ano, deixa em suspenso 114 projetos de financiamento direto, muitos deles voltados à saúde pública, educação, combate ao VIH/SIDA, malária e resposta humanitária.

O embaixador dos EUA em Moçambique já havia alertado sobre as consequências dessa retirada, que também afeta diretamente 225 funcionários juniores ligados à cooperação técnica.

Organizações internacionais e especialistas em ajuda humanitária classificam o encerramento como um golpe brutal para os programas sociais no país. 

Um estudo publicado pela revista The Lancet indica que os cortes na ajuda americana podem resultar em mais de 14 milhões de mortes evitáveis até 2030, colocando em xeque avanços significativos conquistados nas últimas décadas.

Além do impacto humano, o encerramento da USAID levanta sérios questionamentos sobre a sustentabilidade da assistência internacional e a capacidade de Moçambique em absorver a ausência desse apoio crucial.

A ministra Ivete Alane reforçou que o governo está comprometido em criar novas oportunidades, mas reconhece os desafios pela frente: Esperamos que a economia floresça para produzir novos empregos. Leia Mais... 

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