Abuso de Poder: Jovem Denuncia Tortura, Roubo e Escândalo Sexual na Esquadra do Hospital Central de Maputo
Um caso alarmante de alegado abuso policial está a agitar a opinião pública em Moçambique. Antônio Manuel, 32 anos, afirma ter sido vítima de tortura, roubo e de um cenário insólito envolvendo agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), afetos à esquadra localizada no Hospital Central de Maputo.
Segundo o denunciante, o episódio ocorreu quando ele aguardava na fila para visitar um amigo hospitalizado após um acidente de viação. “Sem explicações, fui abordado e levado para dentro da esquadra. Lá, fui agredido e humilhado. Levaram-me 9.000 meticais que trazia no bolso”, relata Antônio.
De acordo com o relato, a detenção foi arbitrária, sem mandado e sem acusação formal. O jovem afirma que sofreu agressões físicas e ameaças, prática que, se confirmada, viola frontalmente os direitos humanos e a legislação moçambicana. A suposta subtração dos 9.000 meticais é apontada como roubo cometido no exercício da função.
Um detalhe chocante da denúncia envolve comportamento dos próprios agentes no local. Antônio afirma que, enquanto estava detido, dois polícias da esquadra mantinham relações sexuais no interior das instalações. “Eu estava a ouvir tudo. Foi surreal e revoltante”, disse.
O caso levanta sérias questões sobre disciplina, ética e fiscalização interna da PRM. Organizações de direitos humanos já se manifestam pedindo uma investigação independente e punições exemplares, caso as acusações sejam confirmadas.
Até o momento, não houve posicionamento oficial da PRM sobre as alegações. A ausência de resposta alimenta debates nas redes sociais, onde muitos questionam a impunidade e a falta de responsabilização dentro das forças policiais.
O episódio acontece num momento em que Moçambique enfrenta múltiplas denúncias de abusos de autoridade e violência policial, especialmente em zonas urbanas. A esquadra do Hospital Central de Maputo, pela sua localização estratégica, é frequentemente citada em relatos de detenções arbitrárias e intimidação.
Se comprovadas, as acusações contra os agentes representam não apenas um grave atentado aos direitos individuais, mas também um golpe na credibilidade da PRM. O caso de Antônio Manuel reacende a discussão sobre reforma e fiscalização efetiva das forças de segurança no país — um debate urgente e que a sociedade já não está disposta a adiar. Leia Mais...
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