Ministro do Interior sob suspeita: Apreensão de armas de guerra expõe possível escândalo

Em um caso que levanta questões sobre ética e segurança, autoridades moçambicanas apreenderam 50 armas de guerra supostamente importadas por uma empresa ligada ao Ministro do Interior, Paulo Chachine.

A apreensão, realizada em setembro de 2024, revelou que a empresa Nello Gonçalves Filho Espingardaria e Carreira de Tiros, Limitada teria declarado falsamente que o armamento era destinado à caça, enquanto, na verdade, se tratava de equipamento militar.

De acordo com o Centro de Integridade Pública (CIP), a Autoridade Tributária de Moçambique emitiu a nota oficial n.º 381/AT/DGA-GDG/419/2024, solicitando uma inspeção detalhada das armas retidas no Aeroporto de Mavalane.

O caso se agrava ao revelar que a empresa de Chachine firmou um acordo de exclusividade com a fabricante turca Sasa Defense Industry, garantindo a importação de armamento através da subsidiária sul-africana Panzer Arms.

O contrato estipula a aquisição de pelo menos 1.000 armas entre julho de 2023 e julho de 2024, incluindo espingardas semiautomáticas e modelos Pump.

A situação gerou alerta entre organizações da sociedade civil, que questionam um possível favorecimento a empresas ligadas a membros do governo no setor de armamento.

Chachine, que fundou a sociedade com Pedro Manuel Prazeres Gonçalves, criou a empresa apenas um mês após assumir o comando da Ordem e Segurança da Polícia, em março de 2021.

O caso promete intensificar os debates sobre transparência e influência política no setor de defesa. Leia Mais...