Carteiras Fantasmas, Milhões Roubados e Filhos do Poder Sumidos: O Retrato Podre do Estado em Moçambique
Um país rico em madeira, mas onde milhares de crianças ainda estudam no chão. Enquanto isso, filhos da elite política e judicial enchem os bolsos com dinheiro público.
Esse é o retrato escandaloso que sai à tona com o caso das carteiras escolares fantasmas, um dos episódios mais vergonhosos da história recente de Moçambique.
Em 2018, o governo lançou um projeto milionário para produzir 850 mil carteiras escolares, orçado em 34 milhões de dólares.
Mas o que parecia uma solução virou pesadelo: empresas envolvidas, como a Luxoflex, receberam o dinheiro, produziram carteiras rejeitadas por má qualidade — e ninguém foi punido.
Pior: entre os donos das empresas estão Cláudia Nyusi, filha do ex-presidente Filipe Nyusi, e Hipólito Ussene, filho da atual Presidente do Conselho Constitucional.
Hoje, Hipólito está desaparecido, com uma dívida superior a 300 milhões de meticais no BCI. E o povo? O povo continua calado, sem respostas, e as crianças continuam sentadas no chão.
Tudo isso aconteceu debaixo dos olhos do Ministério da Educação, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável e do próprio Estado.
O silêncio e a impunidade gritam mais alto do que qualquer política pública. O sistema está podre — e quem paga a conta é o povo.Leia Mais...
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